Futuro da pejotização será decidido pelo STF em 2026

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O Supremo Tribunal Federal se prepara para enfrentar um dos julgamentos mais aguardados do cenário trabalhista brasileiro: a pejotização. 

A decisão promete redefinir os limites entre a liberdade de contratar e a proteção das relações de trabalho, com impactos diretos sobre empresas, prestadores de serviço e o próprio futuro da CLT.

Neste artigo, você vai entender como o tema chegou ao STF, quais são os principais pontos em discussão, e o que esperar da decisão que pode transformar o mercado de trabalho no Brasil.

STF se prepara para decidir o futuro da pejotização no Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) está se preparando para julgar um tema que pode transformar o mercado brasileiro: a pejotização.

De acordo com o ministro Gilmar Mendes, a CLT não reflete mais os tempos modernos e as novas relações de trabalho.

Além disso, o volume de ações continua a crescer no Brasil. Só em 2025, há a expectativa de 2,3 milhões de processos trabalhistas, culminando na sobrecarga do STF. 

Assim, a perspectiva geral em relação à decisão sobre o tema é o reconhecimento da autonomia e das novas formas de prestação de serviço.

Requisitos para a licitude da contratação por pessoa jurídica

A contratação via PJ é lícita apenas quando não existem os elementos do vínculo empregatício, que são:

  • Pessoalidade: o prestador não pode ser substituído por outro.
  • Habitualidade: trabalho contínuo e regular.
  • Onerosidade: pagamento pelo serviço.
  • Subordinação: o trabalhador se submete a ordens diretas do contratante.

A ausência da subordinação é o fator-chave; médicos ou profissionais autônomos, por exemplo, podem se substituir e não têm hierarquia direta.

A expectativa do mercado e os impactos da decisão

Apesar da preocupação do mercado, espera-se que a decisão do STF traga maior segurança jurídica, uma vez que a determinação será vinculante, ou seja, obrigatória para todos os tribunais.

Nesse sentido, a resolução trará grandes impactos, como afetar contratos entre empresas e prestadores PJ; forçar mudanças culturais nas empresas e gerar uma onda de ações trabalhistas, caso a pejotização seja considerada ilegal.

O julgamento está previsto para ocorrer no primeiro semestre de 2026.

Linha do tempo: a evolução da pejotização no STF

O aumento das ações por vínculo empregatício

Nos últimos anos, o Judiciário tem registrado um crescimento expressivo no número de ações trabalhistas pedindo o reconhecimento de vínculo empregatício entre prestadores de serviço PJ e contratantes.

Essa alta reflete um cenário de insegurança jurídica: enquanto muitas empresas adotam o modelo PJ como forma de flexibilizar contratações, parte dos tribunais interpreta tais relações como disfarces de emprego formal.

STF suspende os processos sobre pejotização

Em abril de 2025, o ministro Gilmar Mendes determinou a suspensão nacional de todos os processos que tratam da pejotização, até que o Supremo Tribunal Federal julgasse o tema em definitivo.

Com o intuito de uniformizar o entendimento sobre o assunto, a decisão partiu da realidade em que  diferentes tribunais vinham decidindo de maneiras opostas. 

No entanto, o efeito prático foi uma “pausa” que deixou empresas e prestadores em estado de incerteza.

Decisões que desafiam a suspensão do STF

Mesmo com a ordem de suspensão, uma desembargadora do TRT-4 seguiu julgando processos envolvendo pedidos de vínculo.

O caso ganhou repercussão nacional por desafiar diretamente a determinação do Supremo, mostrando que, na prática, ainda há divergências sobre os limites da decisão. 

Nesse sentido, o episódio reforçou a falta de uniformidade e a tensão entre instâncias judiciais.

Julgamentos continuam, mesmo com a suspensão

Apesar da suspensão geral, o próprio STF analisou casos específicos envolvendo a pejotização, em especial aqueles com relevância constitucional direta.

Adiamento e críticas à CLT

Na sequência, o ministro Gilmar Mendes adiou a audiência pública que trataria do tema e aproveitou o momento para criticar o engessamento da CLT frente às novas formas de trabalho.

De acordo com o decano, o modelo tradicional não reflete mais a realidade de um mercado dinâmico, com múltiplas formas de prestação de serviço.

Com isso, o pronunciamento reforçou a expectativa de que o STF possa adotar um entendimento mais flexível sobre a contratação via PJ.

Redefinição das regras da pejotização

Em outubro de 2025, o ministro anunciou novas diretrizes e etapas para a análise da matéria, consolidando o tema como prioridade na pauta trabalhista do Supremo.

Os custos e os riscos da pejotização

Embora o contrato PJ reduza custos trabalhistas imediatos, ele pode sair mais caro no longo prazo se houver subordinação.

Em caso de ação judicial, a empresa pode ser condenada a pagar todos os encargos trabalhistas e tributários com base no valor do contrato.

Dessa forma, para evitar o risco de caracterização de vínculo, as empresas devem:

  • Evitar subordinação e controle de horários.
  • Tratar o prestador como autônomo, sem exigir justificativas de ausência, atestados ou relatórios típicos de um empregado.
  • Adotar mudança cultural, reconhecendo o prestador como parceiro de negócio, não subordinado.

Conclusão

A trajetória da pejotização no STF mostra que o país vive uma transição entre o modelo clássico da CLT e as novas formas de trabalho autônomo.

Enquanto o julgamento final não ocorre, é essencial que empresas reforcem a regularidade de seus contratos, garantam autonomia real aos prestadores e mantenham a emissão de notas fiscais em dia, medidas que ajudam a mitigar riscos.

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O Supremo Tribunal Federal se prepara para enfrentar um dos julgamentos mais aguardados do cenário trabalhista brasileiro: a pejotização. 

A decisão promete redefinir os limites entre a liberdade de contratar e a proteção das relações de trabalho, com impactos diretos sobre empresas, prestadores de serviço e o próprio futuro da CLT.

Neste artigo, você vai entender como o tema chegou ao STF, quais são os principais pontos em discussão, e o que esperar da decisão que pode transformar o mercado de trabalho no Brasil.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) está se preparando para julgar um tema que pode transformar o mercado brasileiro: a pejotização.

De acordo com o ministro Gilmar Mendes, a CLT não reflete mais os tempos modernos e as novas relações de trabalho.

Além disso, o volume de ações continua a crescer no Brasil. Só em 2025, há a expectativa de 2,3 milhões de processos trabalhistas, culminando na sobrecarga do STF. 

Assim, a perspectiva geral em relação à decisão sobre o tema é o reconhecimento da autonomia e das novas formas de prestação de serviço.

Requisitos para a licitude da contratação por pessoa jurídica

A contratação via PJ é lícita apenas quando não existem os elementos do vínculo empregatício, que são:

  • Pessoalidade: o prestador não pode ser substituído por outro.
  • Habitualidade: trabalho contínuo e regular.
  • Onerosidade: pagamento pelo serviço.
  • Subordinação: o trabalhador se submete a ordens diretas do contratante.

A ausência da subordinação é o fator-chave; médicos ou profissionais autônomos, por exemplo, podem se substituir e não têm hierarquia direta.

A expectativa do mercado e os impactos da decisão

Apesar da preocupação do mercado, espera-se que a decisão do STF traga maior segurança jurídica, uma vez que a determinação será vinculante, ou seja, obrigatória para todos os tribunais.

Nesse sentido, a resolução trará grandes impactos, como afetar contratos entre empresas e prestadores PJ; forçar mudanças culturais nas empresas e gerar uma onda de ações trabalhistas, caso a pejotização seja considerada ilegal.

O julgamento está previsto para ocorrer no primeiro semestre de 2026.

Linha do tempo: a evolução da pejotização no STF

O aumento das ações por vínculo empregatício

Nos últimos anos, o Judiciário tem registrado um crescimento expressivo no número de ações trabalhistas pedindo o reconhecimento de vínculo empregatício entre prestadores de serviço PJ e contratantes.

Essa alta reflete um cenário de insegurança jurídica: enquanto muitas empresas adotam o modelo PJ como forma de flexibilizar contratações, parte dos tribunais interpreta tais relações como disfarces de emprego formal.

STF suspende os processos sobre pejotização

Em abril de 2025, o ministro Gilmar Mendes determinou a suspensão nacional de todos os processos que tratam da pejotização, até que o Supremo Tribunal Federal julgasse o tema em definitivo.

Com o intuito de uniformizar o entendimento sobre o assunto, a decisão partiu da realidade em que  diferentes tribunais vinham decidindo de maneiras opostas. 

No entanto, o efeito prático foi uma “pausa” que deixou empresas e prestadores em estado de incerteza.

Decisões que desafiam a suspensão do STF

Mesmo com a ordem de suspensão, uma desembargadora do TRT-4 seguiu julgando processos envolvendo pedidos de vínculo.

O caso ganhou repercussão nacional por desafiar diretamente a determinação do Supremo, mostrando que, na prática, ainda há divergências sobre os limites da decisão. 

Nesse sentido, o episódio reforçou a falta de uniformidade e a tensão entre instâncias judiciais.

Julgamentos continuam, mesmo com a suspensão

Apesar da suspensão geral, o próprio STF analisou casos específicos envolvendo a pejotização, em especial aqueles com relevância constitucional direta.

Adiamento e críticas à CLT

Na sequência, o ministro Gilmar Mendes adiou a audiência pública que trataria do tema e aproveitou o momento para criticar o engessamento da CLT frente às novas formas de trabalho.

De acordo com o decano, o modelo tradicional não reflete mais a realidade de um mercado dinâmico, com múltiplas formas de prestação de serviço.

Com isso, o pronunciamento reforçou a expectativa de que o STF possa adotar um entendimento mais flexível sobre a contratação via PJ.

Redefinição das regras da pejotização

Em outubro de 2025, o ministro anunciou novas diretrizes e etapas para a análise da matéria, consolidando o tema como prioridade na pauta trabalhista do Supremo.

Os custos e os riscos da pejotização

Embora o contrato PJ reduza custos trabalhistas imediatos, ele pode sair mais caro no longo prazo se houver subordinação.

Em caso de ação judicial, a empresa pode ser condenada a pagar todos os encargos trabalhistas e tributários com base no valor do contrato.

Dessa forma, para evitar o risco de caracterização de vínculo, as empresas devem:

  • Evitar subordinação e controle de horários.
  • Tratar o prestador como autônomo, sem exigir justificativas de ausência, atestados ou relatórios típicos de um empregado.
  • Adotar mudança cultural, reconhecendo o prestador como parceiro de negócio, não subordinado.

Conclusão

A trajetória da pejotização no STF mostra que o país vive uma transição entre o modelo clássico da CLT e as novas formas de trabalho autônomo.

Enquanto o julgamento final não ocorre, é essencial que empresas reforcem a regularidade de seus contratos, garantam autonomia real aos prestadores e mantenham a emissão de notas fiscais em dia, medidas que ajudam a mitigar riscos.

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